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sábado, 10 de dezembro de 2011

Helicópteros

Helicópteros na janela.
Giram em torno de um mundo, novo mundo.
Eu vejo por trás daquele vidro a escala em cinza
Da cidade que não para.

Não importa o jeito que tu andas. Ninguém nota.
Tudo passa. Corriqueiro, ao acaso dos teus passos.

Helicópteros na janela.
Há uma multidão na grande Avenida.
Eles querem paz, felicidade e algo mais.
Mas a cidade não para.

Corre. Corre porque vais perder o trem.
Voa. Voa porque esta cidade te dá asas.
E vive. Com toda a tua alma.
Porque a cidade não para.
 Ela passa.

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