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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Feliz aniversário !


Era março de 2001. Um tanto de alunos, toquinhos, se conhecendo no primeiro dia de aula. Era o pré-escolar a recém. Para todos um novo começo ou uma nova brincadeira, na época.
Eu nem me lembro bem daquela época; lembro-me de um telefone e uma infinidade de brinquedos, desenhos, cores e outras coisas mais.
E então já era o mês de agosto, dia 19 e uma guriazinha trazia junto com o seu irmão um bolo com enfeites verdes, doces e refrigerantes. Era o aniversario de seis anos dela, teu aniversário.
Mais tarde, dia 23, outra guriazinha trazia sozinha, um bolo e refrigerantes. Era o aniversário de seis anos dela, meu aniversário.
E então foi assim, a partir da perceptível ideia de que fazíamos, com apenas quatro dias de diferença, aniversário, ‘juntas’.
O tempo passou e eu nem me lembro qual foi o ano que começamos a comemorar lá pelo dia 21 ou 22, o nosso aniversário.
Era repleto de “coisinhas boas”, bolo, refrigerantes, bolachas, empadas, e alguns salgadinhos do Verno. Havia toda uma preparação, até balão tinha! E eu me lembro, como se fosse ontem, o dia que eu estorei um na minha cara.
Fizemos essa festa (quase) todos os anos.
E sempre éramos as últimas da fila, as que gostavam de sentar do lado da parede, brincar de esconde-esconde ou de pega-pega na hora do recreio (isso até a sétima série). Ou fazer nossas mirabolantes casinhas. E sempre trapaceávamos na hora de se esconder. Porque era necessário nós nos escondermos no mesmo lugar.
Tu fazias o tipo mais chorona, ninguém podia brigar porque tu já chorava. Às vezes de tristeza e também de felicidade. E eu, bem, eu chorei algumas vezes, pode-se contar umas quatro vezes na escola, a durona.
E as histórias se acumularam, e foram e são muitas.
Mas chegou o fim do fundamental. A formatura da oitava. E nós nos separamos de escola.
Por eu morar no interior do interior (um pouco exagerado) e não passava o ônibus para ir pro centro. Cada uma foi pra um canto.
Nem era tão longe assim, mas continuamos a nos falar, com a ajuda na nossa querida internet.
E aí esse ano eu me mudei e então ficou complicado, mas nos mantivemos.
E muitas coisas mudaram, evoluíram e se diferenciaram do que quando tínhamos nossos seis, oito, onze.
E eu prometo que está perto o momento de ficarmos mais juntas, novamente.





Para: Débora Roloff Teixeira

O agora


Eu não sei o que há nestas palavras. Nem faço ideia do que acontece ultimamente.
Eu estou em tempestade, e eu quero um arco-íris. A chuva não vai embora.
Às vezes eu começo a rir simplesmente, e em outras eu tenho vontade de sumir.
Os dias passam vagarosos ou não. O relógio marca o tempo. Aquele tic-tac que me incomoda, indicando que falta pouco para realizar tudo que eu quero.E daí eu percebo que muito tempo já passou, eu aproveitei grande parte dele, eu sei. Mas ainda vejo uma grande lacuna no meio, é uma essência, um sentimento, um momento que falta.
Olho para trás e vejo as pessoas tão distantes, era a hora de dizer adeus. E eu me perdi.
E só os planos restaram...